sexta-feira, 14 de outubro de 2011



Linfoma Cutâneo de células T



O linfoma cutâneo de células T é uma enfermidade dos linfócitos T. O linfoma cutâneo de células T habitualmente se desenvolve lentamente em períodos de vários anos. Nas etapas iniciais o paciente pode sentir coceiras na pele e apresentando áreas secas e escuras.

À medida que a enfermidade avança, podem aparecer tumores na pele, uma condição clínica chamada de micose fungóide.

Quanto maior a área cutânea afetada pela enfermidade, maior é a possibilidade de que a pele seja infectada. A enfermidade pode se disseminar para os nódulos linfáticos e a outros órgãos do corpo, como baço, pulmões e fígado. Quando um número elevado de células tumorais é encontrado nos linfonodos, essa condição é denominada de Síndrome de Sézary.

O paciente que apresenta sintomas de linfoma cutâneo deve consultar um médico para a realização de uma biópsia (retirada de uma parte crescida da pele para ser observada no microscópio).

Prognóstico e Tratamento

A probabilidade de recuperação e a escolha pelo tratamento ideal dependerão do estágio em que se encontra a enfermidade, na pele ou se já foi disseminada para outras partes do corpo e seu estado de saúde em geral.

Outros cânceres

Existem muitos tipos de câncer que se originam na pele. O mais comum é o câncer de células basais e o câncer de células escamosas e o chamado melanoma. O Sarcoma de Kaposi é um tipo pouco comum de câncer que ocorre com mais freqüência na pele, mas acomete comumente pacientes com aids.

Etapas do linfoma cutâneo de células T

Uma vez detectado o linfoma cutâneo de células T, serão necessários mais exames para determinar se as células cancerosas já foram disseminadas para outras partes do corpo. Esse processo é conhecido como “classificação por etapas”. O médico necessita saber a etapa em que se encontra a enfermidade para planejar o tratamento adequado. Para a classificação do linfoma cutâneo de células T, as seguintes etapas devem ser empregadas:

- Etapa I: o linfoma afeta somente algumas partes da pele, as quais apresentam partes roxas, secas e escamosas. Tumores não são verificados e os nódulos linfáticos estão em seu tamanho normal.

- Etapa II: pode ser verificada qualquer das seguintes situações
- A pele apresenta partes roxas, escamosas, mas tumores ainda não são verificados. Os nódulos linfáticos estão maiores do que o normal e não contêm células cancerosas.
- A pele apresenta tumores. Os nódulos linfáticos estão normais ou maiores do que o normal e não contêm células cancerosas.

- Etapa III: quase toda a pele está roxa, seca e escamosa. Os nódulos linfáticos estão normais ou maiores que o normal e não apresentam células cancerosas.

- Etapa IV: Além de toda a pele estar comprometida, alguma das seguintes situações são observadas

- Células cancerosas são encontradas nos nódulos linfáticos.

- O câncer já está disseminado para outros órgãos, como fígado e pulmão.

- Recorrente: significa que o câncer voltou após ter sido tratado, denominamos esse aspecto da doença de recidiva.

Tratamento do linfoma cutâneo de células T

O tratamento pode ser utilizado com sucesso no linfoma cutâneo de células T, dependendo do da classificação há três tipos de tratamentos que podem ser empregados:

- Radioterapia: uso de raios de alta energia para eliminar células cancerosas.

- Quimioterapia: uso de medicamentos para destruir as células cancerosas.

- Fototerapia: uso de luz e medicamentos especiais para fazer com que as células cancerosas fiquem mais sensíveis à luz.

A radioterapia consiste no uso de raios de alta energia para destruir células cancerosas, reduzindo o tamanho dos tumores. Para o tratamento do linfoma cutâneo de células T, geralmente se utilizam raios especiais de pequenas partículas chamadas elétrons, que são aplicados em toda a pele.

A quimioterapia consiste no uso de medicamentos para destruir as células cancerosas.
A quimioterapia administrada pode ser sistêmica, onde o medicamento entra na corrente sangüínea, viaja através do corpo e elimina células cancerosas, podendo ser administrada por via oral, intravenosa ou intramuscular.

No linfoma cutâneo de células T, os medicamentos quimioterápicos podem também ser administrados em forma de creme ou loção, quando a doença é localizada, com a aplicação diretamente na pele, chamada de quimioterapia tópica.

A fototerapia consiste no uso de luz para eliminar as células cancerosas na pele. O paciente recebe um medicamento que torna as células cancerosas tornem-se sensíveis à luz e, em seguida, é focada uma luz especial sobre as células cancerosas para eliminá-las.

O transplante alogênico de medula óssea é usado na substituição da medula óssea afetada por uma medula óssea sã. O procedimento consiste na destruição da medula óssea do paciente com doses elevadas de quimioterapia, com ou sem radioterapia. Em seguida, a medula de um doador é transplantada. O paciente recebe a medula do doador por meio de infusão endovenosa.

No transplante autólogo de medula óssea a medula óssea do paciente é coletada e tratada com medicamentos para eliminar as células cancerosas. Em seguida, a medula é congelada e conservada. O paciente recebe, então, doses elevadas de quimioterapia, com ou sem radioterapia, para destruir o restante de sua própria medula. Após esse procedimento, a medula conservada é descongelada e infundida no paciente substituindo, então, sua a medula óssea.

Linfoma Cutâneo de Células T:
Etapa I: o tratamento pode ser um dos seguintes:

1 – Fototerapia com ou sem terapia biológica.
2 – Radioterapia
3 – Quimioterapia tópica
4 – Terapia local
5 – Provas clínicas de fototerapia
6 – Interferon Alfa ou Interferon Alfa combinado com terapia tópica

Linfoma Cutâneo de Células T:
Etapa II: o tratamento pode ser um dos seguintes:

1 – Fototerapia com ou sem terapia biológica
2 – Radioterapia
3 – Quimioterapia tópica
4 – Terapia local
5 – Interferon Alfa ou Interferon Alfa combinado com terapia tópica

Linfoma Cutâneo de Células T:
Etapa III: o tratamento pode ser um dos seguintes:

1 – Fototerapia com ou sem terapia biológica
2 – Radioterapia
3 – Quimioterapia tópica
4 – Terapia local
5 – Quimioterapia sistêmica com ou sem terapia da pele
6 – Quimioterapia para micose fungóide e Síndrome de Sézary
7 – Fotoquimioterapia extracorporal
8 - Interferon Alfa ou Interferon Alfa combinado com terapia tópica
9 - Retinóides

Linfoma Cutâneo de Células T:
Etapa IV: o tratamento pode ser um dos seguintes:

1 – Quimioterapia sistêmica
2 – Quimioterapia tópica
3 – Radioterapia
4 – Fototerapia com ou sem terapia biológica
5 – Quimioterapia para micose fungóide e Síndrome de Sézary
6 – Fotoquimioterapia corporal
7 - Interferon Alfa ou Interferon Alfa combinado com terapia tópica
8 – Terapia de anticorpos monoclonais
9 - Retinóides

Linfoma Cutâneo de Células T:
Recorrente: o tratamento dependerá de vários fatores, incluindo o tipo de tratamento previamente recebido. Dependendo da condição do paciente, ele poderá receber qualquer tratamentos citados anteriormente, isolados ou em combinação.

sábado, 17 de setembro de 2011

SANGUE



OMS pede que mais pessoas sejam voluntárias para doação de sangue







No Dia Mundial do Doador de Sangue, lembrado esta terça, dia 14, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pede que mais pessoas em todo o mundo tomem a decisão de se voluntariar como doador e salvar vidas.

O tema este ano é Mais Sangue, Mais Vida e reforça a necessidade classificada pela OMS como urgente de que mais pessoas realizem doações de sangue de forma regular – não apenas esporádica.Dados mostram um total de 92 milhões de doações de sangue por ano em todo o mundo. Dos 80 países com baixas taxas de doação de sangue (menos de dez doadores para cada mil habitantes), 79 são nações em desenvolvimento.De acordo com a OMS, a doação de sangue beneficia mulheres com complicações durante a gravidez e durante o parto; crianças com anemia severa em resultado de malnutrição e malária; pessoas com graves traumas provocados por acidentes; e pacientes com câncer e que passam por algum tipo de cirurgia.A decisão de doar sangue pode salvar diversas vidas, uma vez que componentes como as células vermelhas, as plaquetas e o plasma são separados e direcionados para pacientes com complicações distintas de saúde.




CAFÉ

A cafeína possui virtudes contra o câncer de pele, comprova um estudo






A cafeína possui muitas virtudes contra os cânceres de pele, confirma um estudo realizado com cobaias e publicado nesta segunda-feira, que explica o mecanismo protetor em nível molecular.

Os cientistas, entre eles o Dr. Masaoki Kawasumi da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado de Washington, em Seattle (noroeste), o principal autor da pesquisa, modificaram ratos geneticamente para reduzir em sua pele a função da proteína ATR (Telangiectasie d'ataxie, Rad3).

A ATR desempenha um papel significativo na multiplicação das células da pele danificadas por raios ultravioleta do sol.

Estudos precedentes já haviam demonstrado que a cafeína inibia a ATR que, estando neutralizada, acarretaria, então, a destruição dessas mesmas células.

Entre os ratos geneticamente modificados expostos a raios ultravioletos, com a ação da proteína ATR fortemente reduzida, os tumores de pele se desenvolveram três semanas mais tarde que entre os outros roedores do grupo que serviu de cobaia.

Após 19 semanas de exposição aos raios ultravioletas, os ratos geneticamente modificados tinham 69% menos tumores de pele, e quatro vezes menos cânceres agressivos que os demais, precisam os autores dos trabalhos publicados on-line nos Anais da Academia Nacional americana de Ciências (PNAS).

A persistência da irradiação acabou por danificar as células da pele dos ratos geneticamente modificados após 34 semanas.

Os resultados indicam que os efeitos protetores da cafeína contra os raios ultravioletas, já documentados em estudos precedentes, explicam-se provavelmente pela neutralização da proteína ATR durante o estágio pré-canceroso, antes que o tumor da pele se desenvolva totalmente, destacam os cientistas.

Segundo eles, aplicações de cafeína na pele poderiam contribuir para impedir o aparecimento de cânceres. Além disso, a cafeína absorve os raios ultravioletas, agindo como um protetor solar.

O câncer de pele é o mais frequente nos Estados Unidos, com mais de um milhão de novos casos diagnosticados anualmente, segundo o Instituto Nacional do Câncer.

A maior parte não é constituída de melanomas - a forma mais grave - sendo com muita frequência curável, se o diagnóstico for realizado mais cedo.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MEDOS E FOBIAS

Medos, Fobias & Outros Bichos


"Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são."

Miguel de Cervantes - Dom Quixote, século XVII.

O distúrbio do medo patológico pode se apresentar como Fobia Específica, quando o pavor tem um objetivo certo, como por exemplo, medo de animais, de escuridão, de água, altura, etc. Pode ainda se apresentar como Fobia Social, na qual o horror é de sentir-se objeto de observação e avaliação pelo outros como, por exemplo, falar em público, escrever diante da observação dos outros, comer em público, etc. Pode também surgir sob a forma de Ataques de Pânico, onde o paciente passa a ser acometido, de uma hora para outra, de sintomas físicos terríveis, sem que saiba identificar exatamente o que o ameaça.

Alguns cálculos atuais mostram que em torno de 25% da população teve, tem ou terá, em algum momento da vida, um episódio de Fobia. No Brasil, como de praxe, não há números nacionais a respeito do assunto. Hoje em dia aceita-se, com um pouco de incerteza, que esse distúrbio atinge duas vezes mais mulheres que homens.




O medo, mais precisamente, o medo patológico e que limita de alguma forma a vida das pessoas, vem aparecendo com freqüência cada vez maior em consultórios psiquiátricos e clínicas psicológicas. Esse medo patológico se diferencia do medo normal por várias razões:

- Não ter razão objetiva;

- Não tem base na realidade concreta;

- O próprio paciente sabe ser absurdo o que sente;

- Provoca uma aflição (ansiedade) desmedida e

- É acompanhado de sintomas físicos (falta de ar, sudorese, etc)

A boa notícia é que, ao contrário de antigamente, quando o fóbico ia progressivamente se retraindo e se isolando cada vez mais, hoje em dia um grande contingente de doentes se vê estimulado a procurar ajuda especializada. Essa diferença de postura deve-se, sem dúvida, aos avanços dos novos medicamentos e à eficácia dos tratamentos.Os quadros de Fobias e de Pânico estão relacionados aos quadros de ansiedade patológica, de angústia e, principalmente, de depressão, neste caso, de Depressão Atípica.Em suas manifestações mais agudas, tanto as Fobias quanto o Pânico são altamente limitantes e quase sempre expõem os pacientes a todo tipo de vexames. O medo de elevador pode fazer com que uma pessoa simplesmente se recuse a trabalhar ou morar em edifícios, o de avião impede passeios (de toda família), o de dirigir é muito mais problemático ainda...Além da sensação de medo, propriamente dita, que aparece durante a circunstância que dá a fobia, a ainda o medo antecipatório, como por exemplo, fazendo a pessoa suar frio só de pensar em se sentar à direção de um carro. Na Fobia Social, por exemplo, faz com que a pessoa seja incapaz de conversar com o chefe, de trocar opiniões com os colegas de trabalho ou expor suas idéias numa reunião.Pânico costuma ser mais incapacitante ainda. Profissionais podem até interromper sua carreira por causa do problema. No Pânico, de repente a pessoa começa a tremer, é tomada pela tontura, a pressão arterial dispara, o coração bate descompassado. Os sintomas são parecidos com os de um infarto, e, nesse instante, a morte ou a loucura iminentes parecem certas. Depois da primeira crise, o paciente costuma submeter-se a uma batelada de exames clínicos, o médico verifica que não há nada de errado e, mesmo assim, as crises continuam. Um dos piores aspectos do Pânico é o "medo de ter medo". Apavorada com a idéia de voltar a sentir os sintomas, a pessoa passa a fugir dos ambientes em que os ataques ocorreram, como se tal atitude pudesse evitá-los. É por essa razão que tantas vítimas acabam se trancando em casa. Além das crises características de Pânico, outros sintomas podem aparecer, como por exemplo o medo de engasgar com um simples grão de feijão, medo de qualquer comprimido, sensação de se afogar no chuveiro, etc.Há cerca de um século começaram as primeiras investigações sobre a origem dessas desordens emocionais que atingem milhões de pessoas em todo o mundo. Um ramo da pesquisa, que se utiliza do modelo biopsicológico, derivado da psicologia comportamental, vêm encontrando grande ressonância entre os médicos e terapeutas que lidam com esse assunto. De acordo com esse ponto de vista, o medo patológico é apenas a expressão de uma angústia mais profunda, e não deve ser considerado uma doença em si.Outro ramo da pesquisa, com visão mais neurológica e orgânica, tenta delimitar as áreas do cérebro responsáveis pelo medo patológico, bem como os elementos cerebrais (neurotransmissores e neuroreceptores) relacionados por ele. Por causa desse tronco da pesquisa científica foram encontradas várias substâncias reconhecidamente eficientes no tratamento do Pânico, da Fobia e da Depressão. Do ponto de vista neuropsiquiátrico, sabe-se hoje que as amígdalas, que são estruturas cerebrais localizadas na região das têmporas e têm a função de identificar situações de perigo, enviam ao hipotálamo, local de controle global do sistema endócrino, o sinal para que certas reações sejam deflagradas, como por exemplo, a reação de estresse.Essas amígdalas reconhecem uma ameaça porque são alimentadas pelo Sistema Límbico, a parte do cérebro que constitui uma espécie de banco de memória das ameaças à pessoa, portanto, de memória do medo. No sistema límbico estão armazenadas as informações que remetem a temores de nossos ancestrais, como os de animais ferozes, do fogo ou escuridão. Além disso, o Sistema Límbico registra dados que se referem a experiências em que o medo foi adquirido por aprendizado ou por trauma. De acordo com pesquisas recentes, os fóbicos apresentariam uma hiperatividade nessa região do cérebro. Os pesquisadores agora se empenham na descoberta de que esse sistema todo seria regulado por duas substâncias chamadas de neurotransmissores, a serotonina e a noradrenalina. São essas mesmas duas substâncias que se relacionam ao humor e às sensações de prazer e bem-estar. A história dos antidepressivos, usados também para combater Fobias e Pânico, está intimamente ligada aos avanços nessa direção. No início, as esperanças depositavam-se sobre medicamentos como Anafranil e Tofranil®, ambos antidepressivos e que agem sobre a química cerebral como um todo, sem especificidade. A constatação de que a serotonina tinha um papel preponderante nesse processo, propiciou a criação de medicamentos que atuam especificamente sobre esse neurotransmissor. Foi assim que se chegou ao Prozac e o Zoloft, os quais interferem especificamente no neurotransmissor serotonina. Depois desses medicamentos, outros da mesma linhagem foram sendo desenvolvidos, como o Aropax, Luvox, Serzone, Efexor, e assim por diante.

Depois de alguns anos acompanhando casos e mais casos de Fobias e Pânico, pode-se afirmar hoje, com certeza, que esses medicamentos são indispensáveis e insuficientes para a cura do problema. Já se constatou que o tratamento medicamentoso é muito mais eficaz quando associados a psicoterapia e vice-versa. Isoladamente, tanto os medicamentos quanto a psicoterapia, servem mais para controlar a intensidade dos sintomas – o que, sem dúvida, faz uma enorme diferença para os que sofrem desses problemas, mas a resolução definitiva fica muito mais próxima com os dois tipos de tratamento conjuntamente.

Fobia de Lugares Abertos

Resumindo, a Fobia Social faz com que a pessoa sofra ataques de Pânico cada vez que põe os pés para fora de casa.

Inicialmente esse transtorno ansioso começa com uma estranha sensação ao atravessar uma rua, por exemplo, ou ao participar de uma reunião de trabalho ou coisa assim.

A sensação pode ser de uma súbita tontura, uma forte pressão no peito e um pavor irracional de cair no chão. Algumas pessoas começam com uma crise leigamente (e erradamente) tida como labirintite.

Esse pode ser o primeiro sinal de que algo esta fora de controle e, logo os episódios se tornaram freqüentes. O mal-estar volta a aparecer quando a pessoa se sente em situação de tensão, como em supermercados, no trânsito, no banco, no ônibus, avião, etc. Sair de casa se torna um sacrifício.

Na psiquiatria, esse medo relacionado a espaços abertos chama-se agorafobia, um transtorno que 25% da população está sujeita a sofrer, pelo menos uma vez na vida. Então, só para esclarecer, entre essas manifestações da ansiedade patológica tem as chamadas Fobias Específicas, como o nome diz, específicas de determinadas situações ou objetos (barata, seringa de injeção, elevador, altura) e tem a Fobia Social, que acaba por fazer com que a pessoa tenha verdadeiro pavor de gente e as tarefas sociais banais, como assinar um documento ou comer na frente dos outros, transformam-se num tormento.

Fobia Social

A Fobia Social é o medo patológico de comer, beber, escrever, telefonar, enfim, de agir diante dos outros com risco de parecer ridículo ou inadequado. Em casos extremos, pode resultar em total isolamento. A principal característica dos fóbicos sociais é a ansiedade antecipatória, mal estar que aparece só de pensar na necessidade de falar numa reunião marcada para daqui a três semanas, de receber uma visita, de ter que ir a um casamento ou coisa assim.

Uma das queixas mais ouvidas na Fobia Social é do tipo: “é só eu sair de casa que as pernas tremem, as mãos suavam, sinto palpitações, falta de ar e sensação de que vou ter alguma coisa”. E o quadro se mantém na rua, no ônibus, dentro da sala de aula, no supermercado, no banco, etc.

O fóbico começa a sofrer desde a hora em que recebe a notícia de seu compromisso e os sintomas crescem como uma bola de neve quanto mais vai se aproximando o momento da provação. Na hora H a pessoa começa a prestar muita atenção no seu desempenho, começa a se preocupar demais com o que os outros estarão pensando e, num círculo vicioso, as coisas tenderão a fugir completamente de controle.

TRATAMENTO

No controle das Fobias, aliar terapia comportamental ao uso de antidepressivos parece ser a chave do sucesso. Na terapia, o paciente aprende a enfrentar situações aterrorizantes, para ele, com mais segurança e a otimismo. Sob o efeito dos remédios, consegue impedir que sintomas físicos, tão desagradáveis, como suar demais ou uma súbita vontade de ir ao banheiro, fujam do controle. Isso acaba por devolver ao paciente a auto-estima necessária para sentir segurança naquilo que faz ou fará.

Hoje em dia tem se considerado como ideal de tratamento, a terapia comportamental ou cognitiva individual, associada a antidepressivos. Este tipo de medicamento regulará a serotonina, responsável pelas sensações de bem-estar, e inibirá os sintomas do Pânico.

Fobia de Assalto em Crianças

Tem sido relativamente comum, hoje em dia, crianças com menos de 10 anos sofrendo de Fobia de assalto. Depois da experiência, cada vez mais comum, de ter vivenciado algum assalto ou de ficar sabendo de alguma ocorrência desse tipo em alguém mais próximo, a criança vai ficando cada vez mais com medo, a ponto de sofrer exageradamente. Nas classificações de transtornos emocionais esse quadro pode ser denominado Transtorno por Estresse Pós-Traumático, mas, por razões didáticas, o conceito de fobia pode ser muito bem aplicado aqui. O comportamento dessas crianças começa a mudar. Começam a ter medo de ir para algum cômodo vazio ou escuro da casa, ficam apavorados de sair na rua, aderem insistentemente à mãe ou ao pai, pedem para dormir no quarto dos pais. Posteriormente passam a acordar sobressaltados no meio da noite.

Em seguida, a criança com fobia de assaltos pode deixar de querer ir à escola e de sair para brincar com outras crianças. Manifestam preocupação exagerada pelos pais e irmão e sentem muito medo de que alguém da minha família morra, ou seja, assaltado.

Fobia ou Medo de Barata

As pessoas costumam dizer que têm fobia de barata, mas, na realidade, muitas vezes sentem apenas medo (ou asco) do animalzinho. Para ser Fobia, esse sentimento deve ser, primeiro, muito desproporcional e absurdo, segundo, a pessoa tem que apresentar os chamados sintomas autossômicos (falta de ar, sudorese, palpitação, mãos frias, etc.) diante da barata.

Normalmente o que se vê, são pessoas que fazem certo escândalo, mas, não havendo platéia, pegam um chinelo e esmagam o inseto. O fóbico não. Ele simplesmente não dorme enquanto não tiver certeza absoluta que o quarto está livre de baratas. Ele passa mal.

Fobia ou Medo de Dirigir

Para quem dirige, normalmente sentar-se no banco do carro, dar partida, engatar a marcha e sair com o carro são ações tão naturais e automáticas quanto escovar os dentes ou levar um copo à boca. Entretanto, para muitas pessoas, a simples idéia de guiar um carro pode causar verdadeiro pânico. Algumas pessoas desenvolvem Fobia do volante, mesmo depois de algum tempo de direção normal. Essas pessoas se sentem incomodadas só de imaginar que poderão cometer alguma barbeiragem, prejudicar o trânsito e, em seguida, alguém poderá buzinar agravando ainda mais o nervosismo.Quando esse medo é intransponível e, caso a pessoa insista em dirigir apesar do medo, é seguido de sintomas autossômicos (falta de ar, sudorese, palpitação, mãos frias, etc.), estamos falando de Fobia, propriamente dita. Quando a pessoa não passa mal, mas, apesar disso, evita a todo custo dirigir, então é apenas medo de dirigir.

O medo de dirigir, quando aparece depois de algum tempo depois da pessoa já ter dirigido normalmente, reflete sempre uma grande insegurança, e esta, por sua vez, seria conseqüência de uma baixa auto-estima a qual, finalmente, refletiria um estado depressivo. É por isso que o tratamento de escolha para o medo de dirigir é com antidepressivos associados à psicoterapia.

Medo de Avião

O medo de avião não é exclusividade de quem nunca viajou. Ele afeta, indiscriminadamente, passageiros novatos e veteranos. É um Pânico muitas vezes inexplicável, que se manifesta das mais diferentes formas. Em algumas pessoas, as mãos suam e gelam antes mesmo de o avião começar a se mover. Outras pessoas sentem palpitações, tonturas e náuseas. Há casos de gente que tem insônia na véspera da viagem, que se caracteriza como ansiedade antecipatória. Algumas dessas pessoas com medo de avião, simplesmente deixam de voar, outras, curiosamente, desenvolvem um impressionante repertório de superstições para alívio da ansiedade quanto têm mesmo de viajar. Há quem viaje somente na primeira fileira para sair mais rápido em caso de pouso forçado. Outros carregam santinhos, costumam se benzer ou fazer “simpatias”, só embarcam com o pé direito ou evitam ir ao banheiro para não "desequilibrar" a aeronave. Para quem tem medo de avião, não adianta explicar que apenas um entre milhões de vôos acabará em desastre, o fóbico sempre viverá na expectativa de que o vôo fatídico será justamente o dele. Há dois tipos principais de medo de avião. Um deles diz respeito ao pavor de um acidente aéreo, medo da catástrofe. Outro tipo representa o medo de passar mal no avião e não poder ser atendido, não poder mandar o avião parar para descer. Esse último está mais relacionado às síndromes ansiosas, do tipo Pânico ou Fobia.

No primeiro caso, no medo de acidente aéreo, o tratamento de escolha é predominantemente psicoterápico e, de preferência, com a chamada terapia cognitiva. No medo de passar mal no avião e não ser atendido “a tempo” usa-se com sucesso o tratamento antidepressivo.

Medo Normal e Patológico

Todos nós temos algum grau de ansiedade ou timidez e, quando se manifestam, normalmente são acompanhadas por uma indefinida sensação de mal-estar. Mas é benéfico experimentar ansiedade em certas circunstâncias e, de certa forma, a ansiedade normal até favorece a adaptação do ser humano a novas situações. O medo ou ansiedade normal provocado pela necessidade de fazer uma palestra, de dar uma aula, de submeter-se à entrevista para emprego, etc., faz com que a pessoa fique mais alerta, mais preparada e, portanto, mais apta ao sucesso. Para o fóbico, entretanto, a ansiedade é patológica e não dá bons resultados. Ao contrário, ela compromete o sucesso, paralisa, descompensa e faz perder o controle. Nos casos de Fobia, há uma resposta ansiosa inadequada a determinado estímulo que, nas pessoas normais, determinaria uma resposta ansiosa mais adequada. Assim sendo, a Fobia nada mais é do que uma reação ansiosa exagerada, a qual faria com que o Sistema Nervoso Central tome por situações de risco, estímulos banais e inofensivos do dia-a-dia.

Hoje, diante de quadros que faz a pessoa sentir palpitações, suar em bicas e até perder os movimentos diante de determinado objeto ou situação são sinais facilmente diagnosticados como Fobia. Muitas vezes, a Fobia aparece junto com quadros graves de Depressão (em torno de 50% dos casos) e de Síndrome do Pânico (60%), ou leva à dependência de álcool (20%).

A Personalidade do Fóbico

Recentemente pode-se suspeitar que os fóbicos, de maneira geral, tendem a apresentar alguns traços de personalidade em comum. Normalmente, são pessoas que tiveram uma educação rígida, estimuladora da ordem, da conseqüência e do compromisso. Normalmente são pessoas excessivamente preocupadas com o julgamento alheio, com a opinião dos outros a seu respeito, são perfeccionistas e determinados. Com essas características os portadores de fobia costumam ter alto senso de responsabilidade, bom desempenho profissional e avidez pelos desafios da vida social. Mas a origem da fobia ainda é misteriosa, concorrendo para tal, desde a herança genética dos traços ansiosos da personalidade, até a aprendizagem das reações diante do perigo, passando pelas alterações dos neurotransmissores.

Geneticamente já se sabe que os filhos de pais fóbicos têm 15% de possibilidade de perpetuar o comportamento na idade adulta. A medicina sabe também que, entre as pessoas com traços de timidez na personalidade, 2% vai desenvolver Fobia Social no decorrer da vida.

O Medo da Criança

O universo infantil é repleto de monstros e fantasmas, e há uma série de situações em que eles aparecem para amedrontar a criança. Normalmente esses bichos imaginários despertam o medo na criança durante a noite, outras vezes no meio de uma brincadeira, na piscina ou no carrossel.Como as fantasias e esses medos são praticamente normais nas crianças, os pais devem procurar ajuda no caso do medo começar a provocar alterações na rotina, na atividade social, escolar ou na personalidade da criança. Calcula-se que, no máximo, 5% das crianças que têm pesadelos ou manifestações constantes de medo necessitam de algum tipo de tratamento. A maioria das crianças, quando acometida por crises de medo noturno, corre para o quarto dos pais no meio da noite. Algumas, portadoras de um medo mais intenso e constante, juntamente com sensação de insegurança, nem se atrevem a começar dormir sozinhas. Antes de qualquer coisa, já começam as noites no quarto dos pais. Alguma parte desse medo pode ser atribuída ao comportamento dos pais. Quando a mãe tem pavor de barata e faz um escândalo quando se depara com esses animais, ou quando o pai manifesta sólida convicção nas coisas do além, será muito provável que o filho faça o mesmo. Neste caso também, devemos ter em mente a seguinte seqüência de ocorrências emocionais.


MEDOS E FOBIAS

MEDO DE BARATAS


Será que medo de baratas é uma questão de sobrevivência? Para muitas pessoas parecer ser! Um inseto resistente, horrendo, imundo e assaz, capaz de unir toda a classe feminina para exterminá-la. Assim, é como o sexo feminino vê esse inseto feio e insultante. Conseguiu sobreviver as mais variadas formas atômicas, como armas, experiências e bombas e se encontra em grande quantidade na famosa selva amazônica. Adora lugares úmidos e quentes e de vez em quando, prega peças com tremendas revoadas pela casa inteira. Existem muitos jargões e clichês populares sobre a barata, principalmente a de cor esbranquiçada. Afirma-se de quem as vê que é sinal de casamento. Será? O pânico que a marronzinha causa às mulheres e a determinados marmanjos não está escrito em nenhum gibi. Certa vez, vimos em determinada matéria que se Hitler ou Stalin soubessem do pânico que as baratas causam ao sexo feminino, elas seriam escolhidas e acolhidas como o grande inimigo a combater.


“Assim, todas as mulheres desviariam suas atenções para a eliminação das baratas, e os poderosos ditadores poderiam continuar suas crueldades e guerras por poder na maior tranqüilidade. Além do mais, as mulheres empregariam os homens como exterminadores de “inimigos”, já que as mesmas não teriam coragem de combatê-las em campo aberto”. Seria mesma esta intenção de Hitler e Stalin? Não sabemos, mas poderíamos imaginar. Aliás, aquela gosma que ela solta ao ser pisada é uma tremenda porcaria, um horror. O medo a este inseto e a outros pode ser a fobia específica, e é caracterizada como um medo persistente e acentuado, excessivo e irracional, de objetos ou situações claramente discerníveis e circunscritas. “A exposição ao estímulo fóbico, provoca uma resposta de intensa ansiedade e sofrimento, que pode chegar a um ataque de pânico”. A pessoa afetada reconhece que seu medo é irracional ou excessivo, porém, esta característica pode estar ausente em crianças e adolescentes.


A situação fóbica é evitada ou suportada com intenso sofrimento. A evitação, antecipação ansiosa ou sofrimento na situação temida interfere significativamente nas rotinas normais da pessoa. São explicações dadas por especialistas em fobias e que aqui repassamos. Segundo as afirmações de Geraldo J. Ballone - o distúrbio do medo patológico pode se apresentar como Fobia Específica, quando o pavor tem um objetivo certo, como, por exemplo, medo de animais, de escuridão, de água, altura, etc. Pode ainda se apresentar como Fobia Social, na qual o horror é de sentir-se objeto de observação e avaliação pelo outros como, por exemplo, falar em público, escrever diante da observação dos outros - comer em público. Pode também surgir sob a forma de Ataques de Pânico, onde o paciente passa a ser acometido, de uma hora para outra, de sintomas físicos terríveis, sem que saiba identificar exatamente o que o ameaça. A barata pode provocar toda essa celeuma com certeza. Cientistas em estudo afirmam o poder de vida desse inseto e dizem mais, que a barata habita a Terra desde milênios antes do homem, e com certeza habitará por muito tempo após o fim de humanidade. Ela não sente dor! Isso é um absurdo!

Ela vive em esgotos, está exposta a bactérias, a todo tipo de doença fatal ao ser humano, mas não morre! Dizem que há cerca de 500 baratas para cada pessoa no planeta. Ela invade qualquer lugar, resiste a tentados terroristas, e não há bomba atômica ou mesmo o mais novo invento humano chamado LHC (Grande Colisor de Hádrons) que começou a funcionar esta semana na Suíça o maior acelerador de partículas já construído que acabe com elas. Um dos objetivos desse aparelho é tentar simular, em menor escala, o que teria acontecido logo após o "big bang", a explosão que segundo certas teorias teriam dado origem ao universo. A palavra "partícula" tem sua origem do latim 'particula, ae' e designa uma minúscula parte de algo. No campo da física, "partícula" se refere à parte elementar de um sistema. É mole ou quer mais. Que bichinho sem vergonha essa tal barata! E a miudinha é um horror para as donas de casa.

Minha gente fobia tem tratamento. A entomofobia é a fobia a insetos e quem tem medo de baratas pode ser considerado um entomofóbico. Já pensaram que nome auspicioso para um medroso (a). O tratamento mais eficaz segundo os médicos para as fobias seria a terapia cognitivo–comportamental, tendo este um alto índice de sucesso. Nesta forma de psicoterapia (tratamento psicológico), utilizam-se técnicas de exposição ao vivo e na imaginação, relaxamento muscular, reestruturação cognitiva, etc., que visam à modificação do comportamento e do pensamento disfuncional, aliviando desta forma, os pacientes de seus sintomas fóbicos. Para o sucesso do tratamento, um diagnóstico preciso deve ser feito, e se houver além da fobia específica, outros transtornos associados, estes também devem ser tratados. Cognitivo é relativo à cognição que deriva do latim cognitione e está relacionado à aquisição de um conhecimento, percepção, fase processual duma demanda, em que o juiz toma conhecimento do pedido, da defesa, das provas, e a decide em contraposição à fase executória e o conjunto dos processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, reconhecimento.

Alguns cálculos atuais mostram que em torno de 25% da população teve, tem ou terá, em algum momento da vida, um episódio de Fobia. No Brasil, como de praxe, não há números nacionais a respeito do assunto. Hoje em dia se aceita, com um pouco de incerteza, que esse distúrbio atinge duas vezes mais mulheres que homens. Como afeta nossas vidas o medo mórbido a qualquer coisa, e estamos sujeitos a ele sem distinção de classe, religião, e raça. Quer uma barata em sua casa? Não deseje isto a seu pior amigo.

BARATA - DE - ESGOTO




Barata-de-esgoto - a Periplaneta americana, também denominada de barata grande, barata voadora, barata-de-esgoto, é uma das espécies domésticas mais comuns no Brasil. As baratas americanas podem viver em grandes grupos sobre paredes nuas, desde que não haja perigo ou distúrbios constantes, como predadores naturais ou outros riscos (limpeza, etc.). No entanto, normalmente apresentam um comportamento mais tímido, vivendo em ambientes mais reclusos e maiores, uma vez que se tratam de insetos grandes, que não podem se esconder em qualquer lugar. Normalmente, a barata americana deposita a ooteca em um lugar seguro (abrigo) próximo de uma fonte de alimento e numa inspeção, lugares como rodapés, rachaduras, cantos e frestas, ralos, caixas de gordura, etc, devem ser inspecionados para avaliar o grau de infestação desta praga.

Os locais preferidos para os adultos se estabelecerem são os esgotos, as canaletas de cabos, as caixas de inspeção, as galerias de águas pluviais, as tubulações elétricas. Aparecem também em áreas pouco freqüentadas por pessoas como os arquivos e depósitos em geral, principalmente onde haja abundância de papelão corrugado, seu esconderijo preferido.

PROCEDIMENTO COMPLICADO


Se o Brasil, tivesse este tipo de aparatos para o auxílio dos profissionais de saúde, seria o ideal,
mas estamos muito longe disto, infelizmente. Ainda precisamos fazer o procedimento de transporte de obesos nos braços. Causando um enorme prejuízo para a saúde dos profissionais.

Victoria Lacatus, que pesa 240 kg, foi levada de ambulância para dar à luz. Foto: AP

AMBULÂNCIA PARA SUPER PESADOS





Hospitais dos EUA estão adaptando seus veículos de resgate para transportar pacientes cada vez mais obesos - que chegam a ultrapassar os 400 quilos.

Os EUA são uma país de gordos: 34% da população é obesa. É uma realidade criticada pelos médicos e odiada pelos paramédicos e socorristas - que podem sofrer contusões sérias, principalmente na coluna, ao erguer pacientes super pesados para colocá-los dentro das ambulâncias.

Solução: veículos adaptados para gente muito grande.

Em Boston, o serviço médico acaba de investir o equivalente a R$ 33 mil para adaptar uma ambulância, que ganhou um sistema capaz de resgatar pacientes de até 425 quilos. Ela possui uma maca super reforçada e um elevador hidráulico para suspender o paciente, o que evita que os paramédicos tenham de erguê-lo no braço.

A novidade foi elogiada pelos médicos. Mas o sistema não é prefeito, pois não ajuda os socorristas na hora de transferir o paciente da cama para a maca (isso ainda precisa ser feito a mão). Outro problema é que, para instalar o elevador na ambulância, foi preciso liberar espaço sob o piso dela retirando um dos tanques de gasolina – o que comprometeu a autonomia do veículo. Por isso, a super ambulância só é acionada quando chega a informação de que o paciente tem mais de 200 quilos, o que acontece em média uma vez por semana. Nos hospitais da cidade, camas, cadeira de rodas e corredores também estão sendo alargados. Todo esse esforço não é exclusivo de Boston. O Texas, o Reino Unido, o Canadá e a Austrália também já aderiram e estão adaptando suas ambulâncias para o resgate de obesos.


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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Homem bate em mulher e imagens vazam na web

Mulheres não fiquem caladas, denunciem este tipo de covardia.
Nós não precisamos de canalhas mal sucedidos, nos agredindo.
Eles são uns fracos na vida, aí espancam pessoas que tem menos força física que eles.





Mulher espancada. Rosto deformado pelo marido.

Mulher é espancada pelo marido

Jovem é Espancada Por Namorado Com Cabo de Vassoura


Penso que o mundo todo viu e ouviu, o que aconteceu com esta jovem.
Uma atrocidade.

O QUE MUDA COM A LEI





ANTES DA LEI MARIA DA PENHADEPOIS DA LEI MARIA DA PENHA
Não existia lei específica sobre a violência domésticaTipifica e define a violência doméstica e familiar contra a mulher e estabelece as suas formas: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Não tratava das relações entre pessoas do mesmo sexo.Determina que a violência doméstica contra a mulher independe de orientação sexual.
Nos casos de violência, aplicava-se a lei 9.099/95, que criou os Juizados Especiais Criminais, onde só se julgam crimes de “menor potencial ofensivo” (pena máxima de 2 anos).Retira desses Juizados a competência para julgar os crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Os juizados possuiam apenas competência criminal. Quando se tratava de questões cíveis (separação, pensão e guarda dos filhos), outro processo deveria ser aberto na vara de família.Serão criados Juizados Especializados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com competência cível e criminal, abrangendo todas as questões.
Permite a aplicação de penas pecuniárias, como cestas básicas e multas.Proíbe a aplicação dessas penas.
A autoridade policial fazia um resumo dos fatos e registrava num termo padrão (igual para todos os casos de atendidos).Um capítulo específico prevê procedimentos da autoridade policial, no que se refere às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
A mulher podia desistir da denúncia na delegacia.A mulher só pode renunciar perante o Juiz.
Era a mulher quem, muitas vezes, entregava a intimação para o agressor comparecer às audiências.Proíbe que a mulher entregue a intimação ao agressor.
Não era prevista decretação, pelo Juiz, de prisão preventiva, nem flagrante, do agressor (Legislação Penal).Possibilita a prisão em flagrante e a prisão preventiva do agressor, a depender dos riscos que a mulher corre.
A mulher vítima de violência doméstica e familiar nem sempre era informada quanto ao andamento do seu processo e, muitas vezes, ia às audiências sem advogado ou defensor público.A mulher será notificada dos atos processuais, especialmente quanto ao ingresso e saída da prisão do agressor, e terá que ser acompanhada por advogado, ou defensor, em todos os atos processuais.
A violência doméstica e familiar contra a mulher não era considerada agravante de pena. (art. 61 do Código Penal).Esse tipo de violência passa a ser prevista, no Código Penal, como agravante de pena.
A pena para esse tipo de violência doméstica e familiar era de 6 meses a 1 ano.A pena mínima é reduzida para 3 meses e a máxima aumentada para 3 anos, acrescentando-se mais 1/3 no caso de portadoras de deficiência.
Não era previsto o comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação (Lei de Execuções Penais).Permite ao Juiz determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.
O agressor podia continuar frequentando os mesmos lugares que a vítima frequentava. Tampouco era proibido de manter qualquer forma de contato com a agredida.O Juiz pode fixar o limite mínimo de distância entre o agressor e a vítima, seus familiares e testemunhas. Pode também proibir qualquer tipo de contato com a agredida, seus familiares e testemunhas.

DIREITOS


CONHEÇA OS SEUS DIREITOS

A Lei Maria da Penha tem a missão de proporcionar instrumentos adequados para “coibir, previnir e erradicar” a violência doméstica e familiar contra a mulher, com o objetivo de garantir sua “integridade física, psíquica, sexual, moral e patrimonial”, a chamada “violência de gênero”.

Para isso, a Lei Maria da Penha garante à vítima uma série de medidas rápidas e eficientes que podem evitar novos traumas e até mesmo salvar vidas. Algumas delas, destacadas em seu artigo 22:

  1. Suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente – a lei impede que o agressor possua armas, recolhendo-as imediatamente através da ação de agentes do Estado. Estão incluidas as armas de quem tenha licença para usá-las, como os policiais, por exemplo.
  2. Afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida – a lei garante a segurança e retira a mulher do ambiente em que está sendo ameaçada;
  3. Proibição de determinadas condutas, entre as quais: aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando limite mínimo de distância entre estes e o agressor – o que significa o estabelecimento de uma distância segura entre a vítima e o agressor, além de impedir encontros, contatos e demais ameaças. A segurança é observada pela Lei.
  4. Proibição de contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação – representa distância não apenas da agredida, como de seus familiares e demais pessoas de convívio. Também estão inseridas pessoas que tenham presenciado a agressão e provavelmente serão testemunhas perante o Poder Judiciário.
  5. Proibição de freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida – suporte e apoio para a agredida.
  6. Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar – representa a proteção também aos filhos e o impedimento de intrigas e demais problemas comuns.
  7. Prestação de pensão alimentícia provisional ou provisória, além de outras medidas previstas sempre que a segurança da ofendida exigir – além de proteger, a Lei também garante uma condição digna para a agredida, como a determinação emergencial de prestação alimentar.

A Lei Maria da Penha protege as mulheres das mais diversas formas de agressão e violência. São elas:

Violência física (visual): É aquela entendida como qualquer conduta que ofenda integridade ou saúde corporal da mulher.

Violência psicológica (não-visual, mas muito extensa): “Qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da auto-estima à mulher ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação”.

Violência sexual (visual): A violência sexual está baseada fundamentalmente na desigualdade entre homens e mulheres. Logo, é característica “como qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos“.

Violência patrimonial (visual – material): Importa em “qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos pertences à mulher, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades“.

Violência moral (não visual): Entende-se por violência moral qualquer conduta que importe em “calúnia, difamação ou injúria”.

Por calúnia entende-se o fato de atribuir, falsamente, a alguém a responsabilidade pela prática de um ato determinado definido como crime. Pode ser feita verbalmente, de forma escrita, por representação gráfica ou internet.

A difamação, por sua vez, consiste em atribuir à alguém fato determinado ofensivo à sua reputação.

A injúria consiste em atribuir a alguém qualidade negativa, que ofenda sua dignidade ou decoro.

A calúnia e a difamação estão aproximadas por atingirem a “honra objetiva de alguém”, ou seja, a honra íntima que cada um possui e que é atingida quando terceiros tomam conhecimento de tal imputação. Apenas é restaurada através da retratação total do ofensor (de quem realiza a conduta, neste caso, contra a mulher), mas na calúnia ainda se exige que a imputação do fato seja falsa, e, além disso, que este seja definido como crime (exemplo: crime de homicídio – “matar alguém”), o que não ocorre na difamação.

CONHEÇA A LEI MARIA DA PENHA

A Lei nº 11.340/2006, que regulamenta os casos de violência doméstica e familiar praticados contra a mulher, é conhecida por “Lei Maria da Penha”. Recebeu este nome em homenagem a uma brava Senhora, “Maria da Penha”, que protagonizou um caso simbólico de violência doméstica e familiar contra a mulher.

Maria da PenhaA Lei trouxe significativa alteração no tratamento dado anteriormente pelo Poder Judiciário aos agressores de mulheres no âmbito familiar. Previu a concessão de medida de assistência e proteção às mulheres e seus familiares, proibindo, por exemplo, a aplicação de penas pecuniárias (pagamento de multas ou cestas básicas), além de possibilitar à vítima que o Juiz conceda medidas protetivas de urgência, que objetivam acelerar a solução do problema da mulher agredida.

Estas medidas podem ser requeridas e concedidas em caso de situação de risco ou na ocorrência da prática da violência propriamente dita, o que é realizado através da intervenção da autoridade policial.

Devem ser analisadas no prazo de 96 horas após o registro da agressão na Delegacia de Polícia. Podem ser requeridas pela mulher ou concedidas pelo Juiz quando verificada a urgência do caso. Consistem, por exemplo, no afastamento imediato do lar do agressor.

Anteriormente, a mulher ofendida era obrigada a se refugiar em casa de familiares ou amigos para impedir que novos casos de violência ocorressem durante o doloroso processo de separação.

Agora não. As medidas criadas através da Lei nº 11.340/2006 para proteção imediata às mulheres atuam na esfera do direito cível, com abrangência no âmbito do direito de família, administrativo e penal. O cumprimento destas medidas, após a concessão judicial, é de responsabilidade da justiça, devendo ser cumprida pelos seus agentes.

Caso o agressor viole alguma dessas determinações, ele sofrerá nova repressão das autoridades policiais e judiciais. Todas essas medidas visam proteger a mulher que denuncia a violência e busca impedir que se repita, não apenas com ela própria, mas contra as milhares de mulheres que são diariamente agredidas.