MEDO DE BARATAS
“Assim, todas as mulheres desviariam suas atenções para a eliminação das baratas, e os poderosos ditadores poderiam continuar suas crueldades e guerras por poder na maior tranqüilidade. Além do mais, as mulheres empregariam os homens como exterminadores de “inimigos”, já que as mesmas não teriam coragem de combatê-las em campo aberto”. Seria mesma esta intenção de Hitler e Stalin? Não sabemos, mas poderíamos imaginar. Aliás, aquela gosma que ela solta ao ser pisada é uma tremenda porcaria, um horror. O medo a este inseto e a outros pode ser a fobia específica, e é caracterizada como um medo persistente e acentuado, excessivo e irracional, de objetos ou situações claramente discerníveis e circunscritas. “A exposição ao estímulo fóbico, provoca uma resposta de intensa ansiedade e sofrimento, que pode chegar a um ataque de pânico”. A pessoa afetada reconhece que seu medo é irracional ou excessivo, porém, esta característica pode estar ausente em crianças e adolescentes.
A situação fóbica é evitada ou suportada com intenso sofrimento. A evitação, antecipação ansiosa ou sofrimento na situação temida interfere significativamente nas rotinas normais da pessoa. São explicações dadas por especialistas em fobias e que aqui repassamos. Segundo as afirmações de Geraldo J. Ballone - o distúrbio do medo patológico pode se apresentar como Fobia Específica, quando o pavor tem um objetivo certo, como, por exemplo, medo de animais, de escuridão, de água, altura, etc. Pode ainda se apresentar como Fobia Social, na qual o horror é de sentir-se objeto de observação e avaliação pelo outros como, por exemplo, falar em público, escrever diante da observação dos outros - comer em público. Pode também surgir sob a forma de Ataques de Pânico, onde o paciente passa a ser acometido, de uma hora para outra, de sintomas físicos terríveis, sem que saiba identificar exatamente o que o ameaça. A barata pode provocar toda essa celeuma com certeza. Cientistas em estudo afirmam o poder de vida desse inseto e dizem mais, que a barata habita a Terra desde milênios antes do homem, e com certeza habitará por muito tempo após o fim de humanidade. Ela não sente dor! Isso é um absurdo!
Ela vive em esgotos, está exposta a bactérias, a todo tipo de doença fatal ao ser humano, mas não morre! Dizem que há cerca de 500 baratas para cada pessoa no planeta. Ela invade qualquer lugar, resiste a tentados terroristas, e não há bomba atômica ou mesmo o mais novo invento humano chamado LHC (Grande Colisor de Hádrons) que começou a funcionar esta semana na Suíça o maior acelerador de partículas já construído que acabe com elas. Um dos objetivos desse aparelho é tentar simular, em menor escala, o que teria acontecido logo após o "big bang", a explosão que segundo certas teorias teriam dado origem ao universo. A palavra "partícula" tem sua origem do latim 'particula, ae' e designa uma minúscula parte de algo. No campo da física, "partícula" se refere à parte elementar de um sistema. É mole ou quer mais. Que bichinho sem vergonha essa tal barata! E a miudinha é um horror para as donas de casa.
Minha gente fobia tem tratamento. A entomofobia é a fobia a insetos e quem tem medo de baratas pode ser considerado um entomofóbico. Já pensaram que nome auspicioso para um medroso (a). O tratamento mais eficaz segundo os médicos para as fobias seria a terapia cognitivo–comportamental, tendo este um alto índice de sucesso. Nesta forma de psicoterapia (tratamento psicológico), utilizam-se técnicas de exposição ao vivo e na imaginação, relaxamento muscular, reestruturação cognitiva, etc., que visam à modificação do comportamento e do pensamento disfuncional, aliviando desta forma, os pacientes de seus sintomas fóbicos. Para o sucesso do tratamento, um diagnóstico preciso deve ser feito, e se houver além da fobia específica, outros transtornos associados, estes também devem ser tratados. Cognitivo é relativo à cognição que deriva do latim cognitione e está relacionado à aquisição de um conhecimento, percepção, fase processual duma demanda, em que o juiz toma conhecimento do pedido, da defesa, das provas, e a decide em contraposição à fase executória e o conjunto dos processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, reconhecimento.
Alguns cálculos atuais mostram que em torno de 25% da população teve, tem ou terá, em algum momento da vida, um episódio de Fobia. No Brasil, como de praxe, não há números nacionais a respeito do assunto. Hoje em dia se aceita, com um pouco de incerteza, que esse distúrbio atinge duas vezes mais mulheres que homens. Como afeta nossas vidas o medo mórbido a qualquer coisa, e estamos sujeitos a ele sem distinção de classe, religião, e raça. Quer uma barata em sua casa? Não deseje isto a seu pior amigo.
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